Governo do ES lança plano de combate à dengue para 2011/2012

Tadeu Marino estava acompanhado pelo subsecretário da Sesa, Geraldo Queiroz, além do gerente do setor de Vigilância em Saúde, Pedro Benevenuto, e da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Gilsa Rodrigues. Embora a expectativa seja que o número de pacientes com dengue aumente com o início do verão, o secretário frisou a importância da prevenção da dengue. “A partir de setembro a tendência é cair o número de notificações. Mas quando se inicia o período de chuvas, já a partir de dezembro, começam a aumentar o número de casos. Por isso a preocupação de fazer esse alerta. As pessoas devem escolher um dia da semana para eliminar os criadouros da doença. Dentro das casas estão a maioria dos focos”, disse Marino. O tratamento com a hidratação do paciente é prioridade. Por isso foram identificadas 22 unidades hospitalares da rede própria e filantrópica de Norte a Sul do território capixaba que funcionarão com leitos de retaguarda. Os hospitais foram divididos em dois níveis, com ou sem Centro de Tratamento Intensivo (CTI), e de acordo com a faixa etária de atendimento dos doentes. “Podemos chegar a aproximadamente 60 leitos na Grande Vitória. São leitos novos. Estamos fazendo contato com o Hospital Estadual Central e há a possibilidade de usar ainda uma enfermaria da Santa Casa de Vitória. Estes leitos são para quem necessita de internação, que precisam de mais de seis horas de hidratação via soro”, explicou o secretário. “A identificação da rede de hospitais foi realizada para que a hidratação fosse feita mais rapidamente e perto da casa do paciente”, ressaltou. Em alguns casos, afirmou ele, a dengue tem rápida evolução. Embora não se possa definir o número de leitos exatos que serão disponibilizados – já que variará de acordo com a demanda local -, a iniciativa tem o propósito de garantir um fluxo pré-estabelecido para o atendimento de urgências. Tadeu Marino alertou que com a mínima suspeita de dengue, o paciente já pode começar com a hidratação, ainda em casa. E detalhou: “quando a febre acaba não quer dizer que a dengue passou. Tem que ficar atento, pois mesmo depois da febre, se surgirem sintomas como dor abdominal ou pressão baixa (tontura) pode ser que a doença esteja se agravando. A orientação é procurar o médico. Nos últimos tempos os casos de dengue têm se apresentado cada vez mais grave. A dengue mata”, enfatizou. De acordo com o secretário, para situações que não necessitam de internações, mas que também precisam de hidratação via soro, a Secretaria está adquirindo inicialmente 100 “cadeiras do papai” que serão colocadas à disposição de hospitais e municípios de acordo com o número de doentes. As cadeiras são indicadas pelo Ministério da Saúde (MS) para pessoas que precisam de hidratação rápida por veia - entre quatro e seis horas -, o que representa a grande maioria dos casos. Capacitação Além de médicos e enfermeiros, as capacitações em manejo clínico da dengue realizadas pelo Governo envolverão também, a partir desde ano, técnicos e auxiliares de enfermagem. O objetivo é aproveitar o olhar mais próximo destes profissionais junto aos pacientes. Eles serão treinados para atuar como vigilantes dos sinais vitais dos suspeitos da doença, acionando diretamente o médico se necessário. “O técnico e o auxiliar de enfermagem têm poder de identificar o paciente mais grave, podemos ganhar tempo com isso”, contou Marino. Aquisições Para ajudar no controle do mosquito, a Sesa está comprando equipamentos específicos para dar suporte aos municípios. São 350 bombas costais manuais que expelem inseticida e 15 veículos fumacê – outras 115 bombas costais motorizadas já foram distribuídas e 35 estão à disposição. Os novos carros se juntarão aos demais 28, totalizando 43. Os automóveis e as bombas serão disponibilizados para localidades que sofrem com surto momentâneo da doença. O investimento total é da ordem de R$ 2 milhões. Principais criadouros Os principais depósitos encontrados no Espírito Santo, em 2011, para a proliferação do mosquito foram, na ordem, os objetos inservíveis, reservatórios de água e vasos de plantas. A maioria dos focos, cerca de 68%, ainda está presente nas residências. Além disso, foi constatado que o número de municípios não infestados com o mosquito caiu de 10 para oito. Ou seja, apenas Águia Branca, Governador Lindenberg, Brejetuba, Vargem Alta, Conceição do Castelo, Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço e Ibitirama não registraram a presença do Aedes aegypti, o que demonstra que o fenômeno de interiorização da doença ainda se encontra ativo. Histórico O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, é originário da África, inicialmente descrito no Egito. No Brasil, foi introduzido no período colonial, durante a época do tráfico de escravos. O vírus foi reintroduzido em Belém do Pará, em 1967. Neste ano, o mosquito já é encontrado em todos os Estados brasileiros. No Espírito Santo, o vetor está presente pelo menos desde 1990, época em que foi registrada a sua presença por meio de levantamentos entomológicos realizados pelo Núcleo de Entomologia e Malacologia do Espírito Santo (Nemes), da Sesa. Na oportunidade, o mosquito foi encontrado em 16 municípios do Estado. De lá para cá, a dispersão do vetor se deu de forma crescente, com uma maior velocidade a partir de 1995, ano em que houve o registro dos primeiros casos do agravo, quando existiam 20 municípios com infestação pelo vetor. Sintomas O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos, dor abdominal intensa e contínua, e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal. É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sinais, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças. O que compete à União, ao Estado e aos municípios Combater a dengue envolve esforços mútuos das três esferas de Governo. Em linhas gerais, o Governo Federal é responsável pela normatização técnica, pelo provimento de insumos, pela coordenação da rede nacional de laboratórios, execução de ações de mobilização social no âmbito nacional; capacitação e assistência técnica aos Estados, bem como execução de ações de caráter complementar e suplementar junto aos Estados. O Estado, por sua vez, é responsável pelas ações de capacitação de profissionais; gestão da vigilância epidemiológica e entomológica; gestão dos estoques de inseticidas e biolarvicidas; provimento de equipamento de proteção individual, óleo de soja e equipamentos de aspersão; supervisão, fiscalização, assessoramento, monitoramento e avaliação dos planos municipais de controle, execução de ações de mobilização social no âmbito estadual; execução de ações de caráter complementar e suplementar junto aos municípios; gestão dos estoques de kit para diagnóstico; e elaboração do Plano Estadual de Contingência para epidemias. Já aos municípios compete: realizar levantamento da infestação dos mosquitos; tratar de focos da doença nas residências e seus entornos; eliminar e vedar potenciais criadouros; gerir o estoque de inseticidas e biolarvicidas no âmbito municipal; executar ações de mobilização social no âmbito municipal; notificar e investigar casos e óbitos suspeitos de dengue na assistência; realizar atendimento ao paciente suspeito de dengue por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e das Unidades Básicas de Saúde; bem como viabilizar o Plano Municipal de Contingência. O mosquito O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. O macho alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas de objetos, próximos a extensas superfícies de água limpa. Para obter seu alimento, a fêmea tem o hábito de picar as pessoas durante o dia. Em média, cada mosquito vive em torno de 45 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença. Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos. Entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adulto. O mosquito põe seus ovos em recipientes artificiais, tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água de chuva. A transmissão da dengue depende da concentração do mosquito: quanto maior a quantidade, maior a transmissão. Esta concentração está diretamente relacionada pela presença de criadouros. Saiba como combater o mosquito Lixo: - Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios. - Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes latas, copos, garrafas vazias etc. - Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana. Plantas e jardins: - Encha de areia até a borda os pratos dos vasos de planta. - Se você não colocou areia e acumulou água no prato de planta, lave-o com escova, água e sabão. Faça isso uma vez por semana. - Se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lave o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana. Caixas d’água, calhas e lajes: - Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje. - Remova folha, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas. - Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada. Tonéis e depósitos de água: - Mantenha bem tampados tonéis e barris d’água. - Lave semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água. - Lave principalmente por dentro com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa como jarras, garrafas, potes e baldes. Leitos de retaguarda – adulto Hospitais nível I (CTI, enfermaria e pronto-socorro) - Hospital Estadual São José do Calçado - Santa Casa de Guaçuí - Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim - Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria - Santa Casa de Vitória - Hospital Estadual Dório Silva, Serra - Hospital Estadual Central, Vitória - Hospital Madre Regina Protmann, Santa Teresa - Hospital São Camilo, Aracruz - Hospital Geral de Linhares - Hospital Estadual Silvio Avidos, Colatina - Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, São Mateus Hospitais nível II (não têm CTI) - Hospital Estadual Jerônimo Monteiro - Santa Casa de Iúna - Hospital Dr. Arthur Gerhardt (Fhasdomar), Domingos Martins - Hospital Padre Máximo, Venda Nova do Imigrante - Hospital Estadual João dos Santos Neves, Baixo Guandu - Hospital Estadual Rita de Cássia, Barra de São Francisco - Hospital São Marcos, Nova Venécia Leitos de retaguarda – infantil Hospitais nível I (CTI, enfermaria e pronto-socorro) - Hospital Estadual São José do Calçado - Hospital Infantil Francisco de Assis, Cachoeiro de Itapemirim - Hospital Estadual Infantil de Vitória - Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha Hospitais nível II (não têm CTI) - Hospital Dr. Arthur Gerhardt (Fhasdomar), Domingos Martins - Hospital Estadual Rita de Cássia, Barra de São Francisco - Hospital Estadual João dos Santos Neves, Baixo Guandu - Hospital Estadual Silvio Avidos, Colatina - Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, São Mateus - Hospital Estadual Dório Silva, Serra - Santa Casa de Vitória - Santa Casa de Iúna Informações à Imprensa Assessoria de Comunicação da Sesa (27) 3137-2307|3137-2378|9969-8271|9943-2776|9983-3246 asscom@saude.es.gov.br

Data de Publicação: quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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